Isabela...

Posted: sexta-feira, 3 de abril de 2009 by Jean in Marcadores: ,
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Eu conheci uma menina chamada Isabela. Ela era a dona de um inconfundível sorriso e autora de frases e jargões célebres dos quais eu nunca me esquecerei.
Seus olhos e seus cabelos eram castanhos e suas bochechas rosadas sempre me eram notórias.

Uma linda e encantadora garota. E mais encantador ainda eram os seus sonhos. Ela sonhava em ser enfermeira e poder ajudar as vítimas das guerras em Angola. Ela não sabia como iria conseguir atingir este objetivo, mas de qualquer forma, era isso que ela queria e por isso ela lutava.


É engraçado me recordar dela. Eu adorava ouvir ela conversar sobre música e sobre o seu amor pelos Beatles. Seus olhos brilhavam ao comentar do velho John e a dizer que suas musicas haviam mudado a história de uma juventude. Eu amava quando ela pegava seu velho violão desafinado e puxava as clássicas. Eu via em seus olhos o amor e a satisfação, via em seu sorriso o pureza e a dedicação, e via em meu peito um aperto inexplicável.

Isabela adorava andar de bicicleta e passar a tarde em longos piqueniques pelos parques da cidade. Seus cabelos ao vento me transpassavam a idéia da liberdade que habitava em seu coração.

Ela era única e de presença indescritível. Impossível era não se apaixonar por ela, e eu não fugi a regra. Logo me tornei seu melhor amigo, a tal ponto, que tínhamos liberdade de conversar sobre tudo e sobre todos.

Íamos a festas e encontros com os amigos. Passávamos horas ouvindo Led e jogando baralho em seu quarto. E adorávamos sentar em um banco, abrir uma vodka ice e citarmos textos de Nietzsche a Shakespeare...
O seu texto preferido era um de Alexander Pope intitulado “Eloísa to Abelard”. Ele dizia:

“(...)Feliz é o destino da inocente vestal, esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida. Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Toda prece é ouvida e toda graça se alcança(...)”.

Coincidentemente, este também era o meu texto predileto. E ao vê-la cita-lo, meu coração por minutos parava e eu perdia o fôlego somente para prestar a atenção necessária as doces palavras que saiam de seus lábios.

De alguma forma eu sabia que ela não pertencia a este mundo. De algum jeito eu sabia que nunca me esqueceria dela.

Por vezes eu pensava em como uma criaturinha tão pequena e delicada conseguiu cativar e dominar uma pessoa como eu, que antes era rude e sarcástico, mas que agora era doce e ingênuo.

Por vezes eu a acompanhei até o hospital. E por vezes eu a vi chorar por custa de sua dor e sofrimento. Ela me parecia feliz e confiante de que um milagre se realizaria, e de forma mágica todos os problemas se resolveriam.

Sua determinação e sua garra eram marcantes. E meu amor por ela já passava a ser como um infarto, sem volta.

Uma vez eu disse que a amava, mas ela sorriu e nem me levou a sério. Para mim o seu sorriso me bastou. Como quem beija seu melhor amigo ela se aproximou de mim e me beijou os lábios. Quase não pude conter-me em lhe declarar todas as virtudes e desejos que estavam em meu coração.
Mas antes que eu pudesse lhe dizer qualquer palavra, seus últimos fôlegos de vida se foram, e como um anjo ela adormeceu.


Isabela me deixou naquela tarde.Ela foi vítima de um câncer sem cura. E naquela tarde de domingo, ela descansou.

Eu perdi o rumo e perdi o chão. Sem mais escolhas eu prossigo viagem levando comigo as suas manias,o seu amor pelos Beatles,o seu velho violão desafinado, e sua paixão pelos versos que diziam:

“(...)Feliz é o destino da inocente vestal, esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida. Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Toda prece é ouvida e toda graça se alcança(...)”.

Aonde quer que você esteja, eu jamais te esquecerei...

Seria eu um louco?

Posted: by Jean in Marcadores:
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Seria eu um louco?


Seria a vida,o destino, a sorte ou a morte?

Seria Deus, o diabo, ou anjo ou um fantasma?

Seria tarde, a noite, cedo ou a manhã?


Seria o medo, a coragem, a falta ou a saudade?

Seria o certo, o errado, para cima ou para baixo?

Seria lento, rápido, gradativo ou apressado?


Seria fácil, complicado, meia boca ou atrapalhado?

Seria vermelho, azul, rosa ou amarelo?


Seria eu um louco querendo um pouco de atenção?

Seria eu um pouco de louco querendo atenção?

Seria um louco como eu querendo atenção?

Seria a atenção que eu quero de loucos?


Mais que palavras, mais que loucura...

Não seria a vida te tudo isso uma mistura?

O sentido da vida...

Posted: quinta-feira, 2 de abril de 2009 by Jean in Marcadores:
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Sempre busquei um sentido para tanta busca e tantas pedras no caminho.
Esperava encontrar respostas que me contassem o verdadeiro sentido da vida.
Porém quando obtive todas as respostas, e pensei que sabia de tudo, novas perguntas me foram feitas, e novamente caí em contradição.


Vaguei pelo mundo e me estendi ao universo em busca de algo maior.

Pensei ter encontrado as minhas respostas ao te encontrar. Pensei que de você viria à paz para o meu coração, mas me enganei.
Com seu olhar veio o fogo que consumiu minha alma, e já não tenho mais paz. E mesmo ao seu lado, eu me sinto só.



Vaguei novamente em busca da paz. Avistei guerras pelo mundo e vi homens que matavam por prazer. Uma maldade tão fria que me congelou os ossos. E um sentimento de impotência tomou conta de mim.



Tentando me livrar deste sentimento de fraqueza, vaguei a procurar a força.
Encontrei a força na chuva, no vento e no fogo. Porém percebi que a força sem razão e intelecto é somente força. Ela pode mover pequenos objetos, mas não consegue mover planetas e corações.



Quando só a força física não me foi suficiente, eu procurei a razão. E quando a encontrei, perdi meu coração. E sem o sangue correndo em minhas veias e me aquecendo, eu senti medo.



E eu tive medo de estar velho e o medo me consumiu os meus dias de juventude. Eu tive medo de ser muito fraco e o medo sugou toda a minha força. Temi o fracasso e pelo medo eu fracassei.



Pela ultima vez busquei a coragem. E quando eu a encontrei, não a reconheci.
A coragem que me faltava para vencer o medo e a solidão. A coragem que me seria necessária para vencer os fracos e os fortes. A coragem que me faria lutar pelos meus ideais e assumir minha ignorância.


Esta coragem tão necessária que encontrei não em heróis ou em grandes tanques de guerras.



Encontre-a dentro de meu coração, escondida entre a minha força, minha razão, minha paixão e a minha verdade.


E a coragem não me fez descobrir o sentido da vida, mas descobri que com coragem eu posso criar um sentido para a minha vida...


...

Eu nunca me esquecerei de tí...

Posted: quarta-feira, 1 de abril de 2009 by Jean in Marcadores:
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Por mais que o tempo passee por mais que os anos corram, exstem coisas que nos marcam por toda a eternidade...

Eu nunca me esquecerei de Tí...
Só gostaria que você soubesse disso...
Aonde quer que você esteja...

-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-

Sinto um luto em meu coração.
Uma tristesa e uma angústia tão grande que me doe os ossos.
Queria poder voltar no tempo e reencontrar a verdadeira felicidade.
E te ver novamente... Sentir novamente o teu abraço e o teu carinho...

Meu coração foi marcado tão fortemente por tí, que nem as chuvas e nem os terremotos podem apagar estas marcas.

Sinto vontade de gritar... Sinto vontade de chorar... Sinto vontade de contigo estar... Aonde quer que você esteja... Eu te amo...

-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-

Nada ilustra melhor meu sentimento do que a belíssima canção de Rui Veloso, que aqui será interpretada pela maravilhosa Mia Rose...

Ouça... Preste atenção em sua letra... e sequiser baixe para ouvi-la mais vezes...

Seja como for... Escute-a com seu coração...




Letra:

Bato a porta devagar,
Olho só mais uma vez
Como é tão bonita esta avenida...
É o cais. Flor do cais:
Águas mansas e a nudez
Frágil como as asas de uma vida

É o riso, é a lágrima
A expressão incontrolada
Não podia ser de outra maneira
É a sorte, é a sina
Uma mão cheia de nada
E o mundo à cabeceira

Mas nunca
Me esqueci de ti
Não nunca me esqueci de ti
Eu nunca me esqueci de ti
Não nunca me esqueci de ti

Tudo muda, tudo parte
Tudo tem o seu avesso.
Frágil a memória da paixão...
É a lua. Fim da tarde
É a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão

Mas nunca
Me esqueci de ti
Não, nunca me esqueci de ti
Não, nunca me esqueci de ti
Eu nunca me esqueci de ti

Nunca me esqueci de ti
Não não não não não nunca me esqueci de ti

Não não não não não não não não
Nunca me esqueci de ti

Não não
Nunca me esqueci de ti...

Download:

Mia Rose - Eu nunca me esqueci de tí

Liberdade de Expressão

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